Novos autores no mercado
O quão difícil pode ser ter uma obra publicada em uma editora, considerando a farta disponibilidade de novos títulos? Segundo editores e os próprios autores, o universo editorial está se expandindo, dando lugar a autores iniciantes com maior popularidade na web ou em outros canais de divulgação, o que dificulta a entrada dos desconhecidos.
Visão dos editores
Os editores acreditam que de início, os pequenos autores devem buscar pequenas editoras. O mercado é muito amplo e eles não teriam tanta chance quanto os grandes por não serem tão conhecidos no mercado, a não ser que seja um Best- seller.
Para a editora de literatura brasileira da Cosac-Naify Marta Garcia, as palavras chave são: qualidade e diversidade. Encarregada de selecionar as publicações em dezenas de originais que chegam à sua mesa.
Segundo o editor da caxiense Belas-Artes Gustavo Guertler, em uma entrevista para o site Pioneiro Clic RBS, o que não está na internet e consequentemente não tem um engajamento com os seus leitores, tem chance zero de publicação.
“Houve muitas discussões sobre a internet ser o fim do livro, mas para mim é o contrário. A internet é onde o livro começa.”
Visão dos autores
Em entrevista para a Revista Lappe, Fernanda Nia, autora da série de quadrinhos Como eu realmente, afirma que o mercado dos quadrinhos é extremamente difícil para aceitar os novos autores, principalmente nas grandes editoras.
“A maioria dos autores tenta primeiro lançar seus trabalhos de forma independente. O caso do Como eu realmente foi uma exceção, pois, por já ter um público grande na internet, foi uma agente literária com contato com editora que veio até mim procurar a publicação, mas não o contrário.”
Também ilustradora e publicitária, Nia declara que no começo de sua série não havia a intenção de fazer sucesso, considerava somente como meio de auto expressão pública. Com o tempo, foi se profissionalizando conforme recebia críticas positivas. O site, criado em 2011, contém tirinhas semanais que retratam as aventuras da personagem Niazinha e sua fiel gata Sr. Garrinhas. Os quadrinhos conquistaram sua primeira versão impressa no ano de 2014
Texto: Jade Casagrande - jadecasagradende@bol.com.br
Texto: Émerson Sartori – emersonoliveira01@hotmail.com
Fotos: Fernanda Nia – comoeurealmente@gmail.com
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Durante a manhã e a tarde da segunda-feira, 9 de dezembro, foi realizado o I EDITASUL – Fórum de Produção Editorial da UFSM. O evento organizado pelo curso de Comunicação Social – Produção Editorial é o primeiro do tipo no sul do país, e promoveu, além do lançamento de produtos editoriais dos acadêmicos, debates entre profissionais da área, estreitando as relações entre a Universidade e o mercado de trabalho.
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Entendemos, por literatura fantástica, histórias ficcionais dotadas de elementos imaginários que extrapolam a realidade humana. Não é por serem ficcionais, entretanto, que os contos de fantasia deixam de lidar com temáticas naturais às pessoas. Pelo contrário: muitos personagens possuem características tão profundamente humanas, que se torna difícil acreditarmos que não são reais. A fantasia é tida como uma metáfora da nossa realidade, uma rota de escape através da qual encontramos auxílio para nossos próprios conflitos e sentimentos.
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